Tarja

"Trabalhamos em empregos que não gostamos para comprar um monte de coisa que não precisamos."

Saturday, June 28, 2014

[Opções] Venda Coberta & Buy&Hold

Essa é "rapidinha"...

Estava matutando nos estudos de opções, mas, primeiramente, não poderia deixar de agradecer o "mano" DiMarcinho. Os posts dele sempre são enriquecedores, apesar de algumas vezes bem "prepotentes".

Estou ainda engatinhando no mundo das opções. Nesse sentido, busca-se na internet a "manada". E, em se falando de opções, o povão esta no Bastter.

Não posso negar. O Bastter é sim um grande formador de opinião. O conhecimento dele nos enriquece sim! Mas devemos sempre ter um pouco de senso crítico. Não faz mal e nunca fez.

Afinal de contas... Se o seu objetivo é Buy&Hold (como o meu), faz sentido fazer venda coberta?!
Segundo o Bastter, sim! Segundo o Dimarcinho, não! (corriga-me se eu estiver errado "mano"!)

Ativemos o nosso senso crítico:

Se você faz B&H, você não quer vender a ação. E sim acumular mais ações!
Nesse aspecto, venda coberta seria interessante, pois permite renumerar a carteira atraves da venda de opções de compra (short call)... até um certo ponto. 

Que ponto? "O ponto" em que a ação está em tendencia de queda. Belê?!

Mas....

E o trade-off? O que você "dá" em troca da renumeração extra da sua carteira?

Primeiramente vejamos o gráfico de um lançamento descoberto (venda de opção de compra, sem possuir a ação).

Venda descoberta!
Neste gráfico temos lançamento de uma opção de compra a R$ 0,22 considerando preço atual de R$16,00 com strike em R$ 18,00 (upside de +12,5% para exercício em 49 dias).

Podemos ter um ganho máximo de R$0,22 por opção, assim como podemos ter prejuízo infinito!
Nesta simulação, iniciamos com -R$0,79 de prejuízo para cotação a R$19,00 e "ganhamos" -R$1,00 para cada 1 real que a cotação avança (R$20 -R$1,79 ;  R$21 -R$2,79;  R$22 -R$3,79; etc).

Não compensa né?!
O possível ganho é muito pequeno comparado com o possível prejuízo.
Barca furada! (ao menos que esteja convicto que o preço não ultrapasse o strike, mas se tem certeza disso, talvez fosse melhor outra estratégia, não?!). 

Tudo bem. E com a ação então?! A tal de venda coberta?!

Venda Coberta!

Aqui, nesta venda coberta, considera-se que montou-se uma operação com a compra do ativo + a venda da opção de compra. Esta operação, nada mais é do que uma estratégia para mercado em alta!

O contrário da venda descoberta!

Você trava o seu lucro total no preço de venda da opção de compra (no exemplo já dito: R$0,22/opção) + diferença do strike (R$ 18,00 - R$16,00 = R$2,00) em R$2,22 se a cotação ultrapassar o strike (R$18,00). Do contrário (mercado em queda), é como se você comprasse ação com desconto, a R$ 15,78 (R$ 16,00 - R$ 0,22).

Assim considera-se que não estamos preocupados em manter o ativo (no-B&H), o mesmo seria vendido (exercido) caso a ação se valorizasse. A operação nada mais é do que uma operação de "curto prazo".

Mas.. melhorou né?!
Lucro maior, com prejuízo limitado (porém você gasta muito mais recursos para montar essa operação!). Mas novamente, essa operação é boa, se você tem "certeza" que o mercado vai subir. E neste caso, teríamos estratégias melhores! 

E no fim das contas. E a venda coberta com B&H?!
Quero renumerar minha carteira mas não quero vender o ativo.
Como fica?

Tcharam!

Dá pra acreditar?!

FUMO!?

Te enganaram a vida toda?!

Se as outras operações já estavam aparentemente ruins (lucro limitado para prejuízo total ou infinito), aqui você combina o que cada operação anterior tem de pior?!  Os prejuízos?!

Não é bem assim! Esse gráfico está ERRADO!

No caso de uma queda do ativo, ele considera que você contabiliza a perda (a venda do ativo em si).
Já no caso de uma alta. Ele contabiliza que você tem que desembolsar a grana para comprar o ativo novamente (mantendo o ativo em carteira). É âmbíguo! Mas serve como REFLEXAO.

A qualquer momento, em caso de alta, você poderia "desmontar" a operação (não recomprar o ativo) e, assim, retornar ao gráfico da venda coberta comum OU, em caso de baixa, "manter" a operação (não vender o ativo) e, assim, retornar ao gráfico da venda descoberta  (desconsiderando-se o prejuízo do ativo em si - B&H).

Assim, eu diria, que não co-existe venda coberta com B&H!

As duas operações não casam!

OU será uma venda descoberta, se você mantém o ativo em carteira (B&H).

OU será uma venda coberta comum, em que você "perde" o ativo (no-B&H).
(o ativo faz parte da operação, não é uma rentabilização de sua carteira).

Então, no fim das contas, venda coberta para rentabilizar carteira de B&H, seria apenas uma venda descoberta?

Vale a pena?!

A lógica do B&H é justamente o crescimento das empresas ao longo do tempo.
Conforme eu mostrei em outro post. O próprio IBOV possui tendência (maior probabilidade) de se valorizar (lógica do capitalistmo). Se você acredita nessa estratégia. Acredita também que ao longo do tempo, a economia vai crescer, e a empresa selecionada (bem fundamentada) também!

Neste aspecto, a venda descoberta, vai ao oposto da teoria B&H, afinal, é uma operação para mercado em baixa!

A venda descoberta, poderia ser uma ferramenta a mais em sua estratégia, pois, sabemos que o mercado é volátil e não somente sobe. Nesses período de correções e indecisões (mercados laterais), a venda descoberta, agregaria a sua carteira B&H, tornando-a mais "flexível" (diminuindo as perdas). Porém, conforme o DiMarcinho alerta bastante, o maior problema são os Cisnes Negros! Eventos em que o ativo se valoriza (ou desvaloriza) de forma muito intensa, podendo nos levar para as regiões de prejuízo infinito na venda descoberta. Apesar da pequena probabilidade, é um risco muito grande. Deve ser tomado com extremo cuidado, considerando o valor futuro esperado. Muita estratégia! E não somente sair vendendo opções de compra por aí com carteira B&H achando que está fazendo venda coberta, pois, friamente, você não está!

Porém existem várias outras estratégias interessantes, mais aplicáveis. Uma séria a comumente chamanda, pelo Bastter, de Venda Coberta com seguro (que nada tem a ver com venda coberta), em inglês chamada de short call calendar spread (como seria o correto nome em português?), praticamente o oposto dessa estratégia mostrada aqui (ganha-se com a alta volatilidade, grande desvalorização ou valorização).

Assunto para outro post.

Os estudos de opções estão apenas começando!
Deal with that motherfuckers!
Bis Bald.
MF
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Obs: Eu diria que não é tão simples assim. Você tenta ganhar dinheiro com opções com a passagem do tempo, uma vez que a opção que você vende perde valor (se todas as outras variáveis se mantém, você pode compra-la mais barata depois para fechar a operação). Então, em geral, não se "carrega" as opções até o seu exercício, em geral, se "desmonta" a operação. Isso nos dária ainda mais estratégias e variáveis. Como disse, considere este post apenas para reflexão!

Sunday, June 8, 2014

[Correlação] Taxa DI & SELIC

Prezados, resolvi  fazer um estudo simples e besta. Peguei todo o historico da Taxa DI e SELIC, desde 1994 (período disponível para ambas as taxas), e "plotei" o gráfico abaixo (histórico diário, retirado do site da CETIP):


20 anos de dados!
(Clique para ampliar)
Conforme havia relatado no post anterior, claramente andam juntas.
Mas a questão agora é... até que ponto andam juntas?

Para isso, resolvi usar uma fórmula simples. A de correlação.

Podemos calcular a correlação entre duas séries de dados com a fórmula CORREL() do EXCEL, cujo conceito é dado, no próprio sitde da Microsoft como:
CORREL
Retorna o coeficiente de correlação da faixa de células matriz1 e matriz2. Use o coeficiente de correlação para determinar a relação entre duas propriedades.
A equação para o coeficiente da correlação é:


Logo, o coeficiente obtido de correlação entre Taxa DI e SELIC foi de:

99,9585%

Concluo portanto que em caso de perspectivas de aumento da taxa Selic os LCI/LCA são boas opções, ao estarem atrelados ao DI e, consequentemente, correlacionados em praticamente 100% à SELIC.

Em períodos em que se prevê uma queda da SELIC, os Título Públicos podem se tornar mais interessantes, devendo levar em conta ainda prazo e imposto de renda, para uma melhor análise! ;)

Relação SELIC & Tesouro Direto


No meu último post, o Dividendos disse que não existe relação entre SELIC e Tesouro Direto.
Acho estranho essa afirmação, uma vez que as próprias LFT são indexadas a SELIC. Os outros títulos, devem ter alguma relação também. O DiMarcinho alega que os títulos possuem uma relação com a taxa DI (CDI) e consequentemente voltam a ter relação com a SELIC.

Preciamos de uma analise mais profunda ou estamos complicando de mais algo simples?


Keep investing my friends!
Saudações.
MF

Saturday, June 7, 2014

[LCI] Está na hora de parar de rasgar dinheiro!

Literalmente!

Mas que burro....
Rasgando dinheiro. 
Essa é a sensação que tenho quando penso que estou deixando de ganhar por pura preguiça.

Sim! Preguiça.

Eu deixo um valor considerável na poupança por pura comodidade. Liquidez. Sempre pensando que não posso comprar tudo em ações em uma tacada. E como também não considero ser o momento ideal para comprar Tesouro Direto, (devido as projeções de aumento da taxa SELIC e consequente queda do valor de face dos títulos). O valor está lá parado na poupança. 

A maioria dos fundos de renda fixa também estão fora de cogitação, afinal não quero ficar com o dinheiro preso um longo período para me beneficiar da taxa regressiva de imposto de renda. Até então eu não tinha muita opção. Preciso da liquidez.

Mas aí que vem o planejamento!
Analisando minhas finanças melhor, percebi que o dinheiro esta parado na poupança ha muito tempo. E pelo meu fluxo de caixa (investimentos graduais), não vou conseguir dar destino a esses recursos tão cedo. Neste aspecto um tipo de investimento cabe como uma luva...

LCI - Letra de Crédito Imobiliário.

Não quero me atentar muito no investimento em si. Existem especialista que o explicam melhor. Mas basicamente você empresta dinheiro para uma insituição financeira que vai te dar um retorno atrelado a taxa DI, durante um prazo que já é pré-estabelecido. Vantagens que destaco desse investimento:

  • Prazos pré-estabelecidos curtos (existem prazos de 30 à 720 dias);
  • Isenção de imposto de renda;
  • Até 250mil são assegurados pelo FGC-Fundo Garantidor de Crédito;
  • Rendimento atrelado ao DI, com tendência de acompanhar a SELIC;
SELIC e DI são "brothers"!

Com uma possivel alta da SELIC no atual cenário, estaria portanto protegido do problema que existe no Tesouro Direto (desvalorização do valor de face, algo semelhante que ocorre também nos FIIs). Do resto, praticamente mantenho os benefícios da poupança, com excessão da liquidez um pouco mais limitada (dalhe planejamento!!!!)

Quanto isso tem me custado?

Com uma taxa DI de aproximadamente 0,86% (Maio). E um LCI que rende pelo menos 90% do DI. Temos: 0,77%. Contra 0,5%+TR da poupança. A TR é sempre mixaria, alguns meses é nula! VOu considerar então uma diferença de 0,2%.

Quanto estou jogando fora.

O valor de 0,2% é muito pequeno. Mas o dinheiro, de qualquer forma, esta parado na minha conta. Simplismente não vejo destino para ele, segundo o meu planejamento de investimentos. 

Como exemplo, se considerarmos 50mil. 0,2% são R$100 mensais. 
Não é muita coisa.
Mas por ano (sim, meu dinheiro esta parado na conta já tem 1 ano) são praticamente:


R$ 1.200 JOGADOS FORA!

Putz!

Então vale a reflexão. Existem bancos que permitem a aplicação em LCI a partir de R$1.000 (Banco do Brasil, mas aí vai render somente 80% do DI, ainda assim um pouco melhor que a poupança). A grande maioria já permite aplicações a partir de 10mil. Sendo que quanto maior o aporte e o prazo, em geral, maior será o percentual que você vai conseguir do DI (tem banco que te dá até os 100%, mas é dificil achar, depende da própria perspectiva do banco, você pode achar um banco ofertando um rendimento do DI hoje e outro complemamente diferente amanhã, é algo bem dinâmico).

No meu caso, a sacada é fazer um planejamento de quando irei precisar do dinheiro, para saber por quanto tempo posso imobiliza-lo. ;)

Utah. MOtherfuckers.
Bis bald
MF

Sunday, June 1, 2014

[Fechamento] Maio/2014

Prezados,

sem muitas novidades este mês. Trabalho e trabalho...

Este mês eu achei que iria fechar acima dos 130k, com a subida no início do mês da bolsa. Mas já devolveram tudo. rsrsrs  Só comprei caro no inicio do mês, para cair tudo agora. Mas tudo bem, renda variável é assim mesmo.

Fechei o mês com R$ 127.712,45.
Variação patrimonial: -0,11% 
Rentabilidade pelo sistema de cotas de: -1,42%. (Contra -0,75% do IBOV)

Pela primeira vez perdi pro IBOV no ano.
Segundo Uó, minha situação este mês é "Culpa da Dilma" (rsrsrs):

Avaliação de Desempenho de Rendimentos d'Uó:
[ ] Very good pra xuxu - acima do CDI de 0,86
[ ] Tá ruim mas tá bom - acima do IBOV de -0,75
[x] É culpa da Dilma!! - abaixo do IBOV

É... a coisa ta feia!
Minha vida pessoal esta mais desastrosa ainda.
Sucintamente, Maio, foi fácil, um dos piores meses de minha vida. Pelo menos deu para tirar algumas lições. Foi um momento bom para refletir sobre a minha vida e carreira. Vamos ver se consigo melhorar a situação..

Os estudos de opções continuam. Porém com menor empenho, já que apareceram outras prioridades.

Sem mais.
MF